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Intercâmbio de imersão científica e tecnológica no Japão

O estudante Vinícius Dutra Ramos, do IFRJ Campus Volta Redonda, e o professor do Campus Duque de Caxias e diretor de Extensão Comunitária e Tecnológica da Proex, Julio Page, já estão de volta ao Brasil depois da experiência de uma semana no Japão, proporcionada pelo Sakura Science Exchange Program. 

O Sakura Science Exchange Program é promovido e custeado pela Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (JST) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). Dos 11 participantes (2 servidores e 9 alunos), o IFRJ pôde contar com 2 representantes no programa.

Rodrigo Lemos, coordenador-geral de Relações Internacionais, foi enfático ao afirmar que é muito importante ter dois representantes do IFRJ, um estudante e um servidor, neste programa. Segundo sua avaliação, é uma abertura importante para as perspectivas, principalmente dos estudantes, de que é possível sim ultrapassar os muros dos campi e ir para onde eles quiserem. "Precisam estar preparados quando as oportunidades aparecerem, e o Vinícius estava. Tinha um nível de proficiência em inglês altíssimo, adquirido de forma autodidata, que é muito louvável, mas que nos deixa uma reflexão de que como instituição devemos ampliar as ofertas de políticas linguísticas para colocar outros estudantes em posição de destaque. Quero citar ainda outro fator, que é a interiorização da internacionalização. Este processo transforma não só a vida do estudante que participa de um projeto desses e mora no interior, como também impacta diretamente as pessoas a seu redor, muda a perspectiva de diversas pessoas na rua, no bairro, na cidade, faz uma revolução no pensar e reverbera que a educação é o melhor caminho sempre", enfatizou.

Vinícius contou que tinha altas expectativas em relação ao programa, e que o intercâmbio superou todas. “O programa consistiu de uma intensa semana de visitas a laboratórios, universidades e institutos e teve um grande impacto em relação à visão de mundo. Assim como o IFRJ, o programa me mostrou que há muitas possibilidades para expandir conhecimento e aplicá-lo. As tecnologias e pesquisas apresentadas durante a experiência instigaram ainda mais minha curiosidade em relação à inovação científica. Foi uma oportunidade sem paralelo de conhecer projetos com grande potencial de impacto global e também de conversar com outros participantes internacionais e líderes em diversas áreas de conhecimento científico”, afirmou o aluno, dizendo ainda que essa viagem teve uma grande influência na forma de como pode seguir sua carreira profissional e acadêmica. 

O professor Julio Page também foi enfático sobre a correspondência de suas expectativas: “A experiência não correspondeu às minhas expectativas, a experiência superou e muito minhas expectativas. Foi uma ação muito imersiva na cultura e nas experiências japonesas com ciência e tecnologia”, disse. 

Ainda de acordo com Julio, a experiência foi incrível para os professores e sobretudo para os estudantes. “A grande maioria deles fazia sua primeira viagem internacional, na verdade, a primeira viagem de avião. E tiveram uma experiência tão enriquecedora que certamente mudou a vida de cada um deles. E para mim, representar o IFRJ é sempre uma honra. Conhecer outras culturas sempre agrega conhecimento e nos capacita para uma melhor atuação docente. O modo de pensar ciência e tecnologia está inserido na cultura japonesa de forma muito intensa. O mundo todo tem essa noção, mas vivenciar isso in loco foi muito especial. A busca de soluções tecnológicas para a melhoria do bem estar das comunidades e da humanidade em geral. Nesse sentido foi especial observar e também identificar algumas semelhanças com aquilo que temos como propostas de atuação no âmbito dos Institutos Federais no Brasil”, explicou.

Um ponto destacado por Vinicius foi como o que aprendeu no IFRJ ajudou a otimizar a experiência do programa de intercâmbio. “Passei por um processo de expansão de horizontes quando entrei no IFRJ. Acredito que essa nova visão que o IFRJ proporcionou teve uma contribuição significativa para que eu pudesse absorver mais do programa, tanto pelo olhar científico desenvolvido nos laboratórios do IFRJ, tanto pela qualidade comunicativa que pude aprimorar no ambiente do IFRJ Volta Redonda”, destacou.

O estudante também deu sua dica para os colegas que desejam participar de programas de internacionalização: “Participe de projetos ou crie um, seja comunicativo com os professores, tire o máximo de proveito dos laboratórios do IFRJ, e sempre se mantenha atento para as oportunidades que o IFRJ divulga”, pontuou.

O professor Julio fez coro ao aluno ao dar suas próprias dicas: “Para aqueles que desejam viver uma experiência internacional, os conselhos principais são: estejam atentos aos editais e informativos da Rede Federal relativos aos programas de Internacionalização. Via CONIF, MEC, etc. A coordenação geral de relações internacionais do IFRJ sempre faz ampla divulgação dessas ações; e estudar idiomas estrangeiros, sobretudo o inglês, pois é o idioma requisitado na grande maioria dos programas. Geralmente é necessário ter nível B2 de inglês. O nível pode variar um pouco de programa para programa”, finalizou.

Roteiro - Vinícius contou que saíram do Brasil dia 14 e pousaram em Tóquio no dia 16, no aeroporto de Narita. “Considero muito interessante a cultura Japonesa pelo respeito, organização e senso de coletividade. Também me impressionou o foco em tecnologia da sociedade japonesa como para mitigação de desastres e transporte público”, destacou o aluno.

As atividades iniciaram no dia 17, com uma reunião de orientação na sede da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão(JST). Após o encontro, visitaram o Miraikan, Museu Nacional de Ciência e Inovação, que apresenta centenas de exposições sobre tecnologia como robótica e redes de computadores. Posteriormente, seguiram para a Tokyo University e conheceram o campus da histórica universidade de excelência do Japão. 

No dia 18, visitaram  a Tokyo University of Marine Science and Technology e tiveram palestras sobre as pesquisas em andamento em relação à área marítima, como estudo de ecossistemas e exploração marítima. Partiram para o Kazuza DNA Research Institute, que apresenta diversas instalações avançadas para pesquisas no campo de DNA, sendo uma importante plataforma para estudos nessa área. Também foram apresentadas tecnologias para execução de processos em DNA.

No dia 19, partiram  para o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada. Durante a atividade, tiveram palestras sobre pesquisas no setor energético sob a perspectiva da sustentabilidade. Interagiram com um conjunto de equipamentos para montar um sistema que energiza um motor a partir de hidrogênio e fuel cells. No mesmo dia, seguiram para o JAXA Tsukuba Space Center, a agência espacial japonesa. “Com isso, tivemos a oportunidade de conhecer o centro de operação da agência, como também os desafios relacionados à exploração espacial”, contou Vinícius. 

No dia 20, visitaram o Tokyo Metropolitan Institute Fuji Senior High School. Nesta visita, participaram de diversas atividades, como uma interação direta com as pesquisas na área da biologia. Além disso, tiveram uma palestra sobre análise geométrica pela KOTANI Motoko, vice-presidente executiva para pesquisa da Tohoku University.  

No último dia, foram ao Tokyo Rinkai Disaster Prevention Park. “Tivemos a chance de participar de uma experiência de simulação de terremoto, e conhecemos inúmeras medidas para lidar com situações de desastres. Seguimos para o TEPIA (Technology Utopia) e tivemos acesso a diversas exposições repletas de sistemas tecnológicos incríveis”, finalizou o estudante.

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