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Dez anos de PET Sexualidade e Educação Sexual

O Programa de Educação Tutorial (PET) Sexualidade do IFRJ Campus Realengo completa dez anos na instituição em 2020. Para comemorar a data, será realizada uma live no dia 14/12, às 16h, com transmissão pelo Youtube do IFRJ. Com o objetivo de promover e aprofundar o tripé ensino, pesquisa e extensão dentro da temática ampla de Sexualidade e Educação Sexual, junto aos alunos dos diferentes cursos de graduação do Campus Realengo (Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Farmácia), o Programa de Educação Tutorial, atualmente, conta com a tutoria da docente Susana Engelhard, doutora em Psicologia Social e com a participação de 12 discentes bolsistas dos três cursos de graduação.

A trajetória do programa no campus foi iniciada pela docente e ex-tutora Patricia Schettert e por mais de 40 discentes bolsistas que já passaram pelo PET durante este período. Ao longo deste tempo, o PET dedicou-se a realizar atividades junto a diferentes públicos e em diferentes campos: com mulheres no climatério; com homens no período da andropausa; com crianças e adolescentes em escolas; com crianças e jovens com deficiência visual; com adolescentes acolhidos em unidade de reinserção social; com mulheres que passaram pelo procedimento de mastectomia; com idosos; dentre outros. O Programa também tem realizado feiras temáticas; cursos sobre educação sexual e sexualidade para diferentes públicos (acadêmicos, profissionais etc); oficinas; palestras; lives e rodas de conversa em diferentes eventos; além de ter participado de diferentes eventos internos e externos ao IFRJ, com vistas à divulgação de suas experiências e partilha de conhecimentos.

A tutora do Programa, Susana Engelhard, falou sobre os benefícios acadêmicos que o PET pode oferecer. “Dentro do processo formativo vivenciado no PET Sexualidade, as atividades são planejadas com a participação de todos os membros da equipe, havendo corresponsabilidade em sua execução. Assim, os discentes têm a oportunidade de desenvolver diferentes habilidades, tais como aquelas que são necessárias ao relacionamento interpessoal, à apresentação de trabalhos, debates em equipe, planejamento, acompanhamento e avaliação das ações, elaboração de resumos, relatórios, artigos e capítulos de livro, dentre outras”, destacou a docente.

Ainda de acordo com Susana, o PET Sexualidade já contribuiu dentro do campus em aulas sobre educação sexual em algumas disciplinas, em eventos com os centros acadêmicos e ligas acadêmicas, na elaboração dos eventos bimensais, na participação em jornadas científicas e nas Semana de Saúde.

Para a petiana Paloma Ruivo Sant’Ana, bolsista PET há mais de dois anos e acadêmica de Fisioterapia, o Programa possibilita mais do que a internalização de novos conhecimentos que são levados para toda a vida, como o desenvolvimento da escrita, a possibilidade de publicações científicas, o trabalho em equipe, o senso crítico, o respeito e companheirismo, dentre outros. “O Pet nos ensina na prática a como desenvolver o olhar humanizado, a escuta qualificada e o suporte em saúde, algo que na graduação muitas vezes fica apenas na teoria. Todos esses aspectos tornam o Programa único, pois ele consegue associar a tríade ensino, pesquisa e extensão nos seus diferentes campos de atuação”, afirmou.

Paloma também contou que o PET permitiu que ela atuasse com uma equipe multidisciplinar em áreas que deseja seguir, como a de saúde da mulher e oncologia, através do suporte prestado a mulheres que lidaram com o câncer de mama e realizaram o procedimento de mastectomia. “Esse contato foi enriquecedor, me ensinou a lidar melhor com esse público. E, para além disso, a troca de vivências me tornou uma pessoa melhor, dia a dia aprendendo mais um pouco com cada participante. Sinto que serei uma fisioterapeuta diferenciada pois aprendi na prática a importância do cuidado e empatia nas áreas da saúde e serei eternamente grata a minha tutora por todo empenho e dedicação e ao Programa que me permitiu ter contato com todos esses aprendizados”, destacou.

Brenda Camões, também acadêmica de Fisioterapia, faz parte do PET Sexualidade há três anos. Antes de ingressar no Programa, fez um curso de extensão organizado pelo mesmo, o que a aproximou da temática e fez que ela conhecesse o Programa de Educação Tutorial. “Fazer parte do PET Sexualidade sem dúvida foi minha melhor decisão como discente! O programa atinge seu objetivo de formar alunos de excelência, pois, através dele, pude aprender o que é pesquisa, o que me auxiliou nas matérias da graduação e em outras atividades de pesquisa que estou inserida atualmente”, disse. Além disso, a estudante contou que as atividades de extensão realizadas pelo PET ao longo destes anos fizeram-na perceber a importância e a carência em se falar sobre sexualidade com a comunidade externa, mas principalmente com a comunidade acadêmica. “Em um campus de saúde é primordial entendermos sobre sexualidade, tanto de forma individual quanto para lidar com a sexualidade dos nossos pacientes. Ter esse olhar amplo e humanizado do que, de fato, é a sexualidade, me proporciona ter um olhar diferente sobre meu paciente”, explicou.

Para além da vida acadêmica, Brenda pontuou as contribuições pessoais do Programa para ela: “O PET me proporcionou aprender a trabalhar em equipe, lidar com atividades em grupos – o que me ajudou muito durante os estágios de fisioterapia –, a melhorar minha comunicação de forma geral. Também aprendi coisas que nunca imaginei, como design e publicidade, devido aos eventos que realizamos. E tudo isso é propósito. Por isso eu tenho muito orgulho de fazer parte desta equipe. Foram anos maravilhosos de aprendizado, todo discente deveria ter essa oportunidade”, opinou.

Pandemia – Durante o período de pandemia, o PET transferiu suas reuniões, estudos e atividades para o meio online. “A equipe se reúne semanalmente para os estudos, para a elaboração das postagens nas redes sociais do programa, para a confecção do observatório de notícias que envolve a compilação de informações de entretenimento e lazer sobre temas relacionados à sexualidade mensalmente, para a realização quinzenal de grupos de suporte online junto aos públicos-alvo dos projetos. Além disso, o PET vem elaborando um manual sobre metodologias utilizadas em suas intervenções e um artigo de revisão de literatura”, explicou a tutora Susana.

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