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A África e os equívocos do imaginário social brasileiro

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus Duque de Caxias organizou, no dia 27 de novembro, a palestra “Ensino de História da África, mediada pelo professor de História Jayme Ribeiro, docente da instituição.

Para iniciar o tema, Ribeiro questionou os alunos e professores participantes a responderem qual é o imaginário social que o brasileiro tem da África e de seus habitantes, a maioria respondeu que é negativa. O professor explicou que essa opinião é decorrente das representações midiáticas, que se apresentam como reais e tornam-se verdadeiras para a população que desconhece a real história do continente.

Comumente, a 'histórica oficial' é contada a partir de uma visão eurocêntrica, valorizando a opinião dos europeus em relação a África e seus países. Jayme alertou que a história do Brasil também é contada dessa forma, constando nos livros didáticos as histórias a partir do descobrimento do país, desprezando o que aconteceu anteriormente.

Enquanto no imaginário social brasileiro a história do continente e de seus países remetem a povos divididos em tribos, a realidade era bem diferente, sendo a África um dos berços da democracia. O que setem, no fim das contas é um equívoco, fruto de histórias mal contadas, que nega a vanguarda do continente em áreas como a educação e a política.

A Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino sobre a história e cultura afro-brasileira nas instituições de ensino do país deveria funcionar como um mecanismo de propagação e conhecimento das histórias do continente, diz o docente, mas carece de fiscalização, dependendo da vontade dos docentes de incluírem nas suas aulas tais conteúdos.

Aluno do curso técnico de Plásticos na modalidade subsequente, Luiz Fernando falou sobre o momento proposto pelo Neabi “Eu sempre fui autodidata, mas desconhecia completamente essa parte da história africana que ele explicou. Acrescentou bastante”, disse o estudante.

Jayme Ribeiro falou, ainda, da importância de apresentar e promover discussões sobre esse tema nas escolas, para tentar com o tempo reduzir as desigualdades sociais. “A partir da independência, os nossos governos negaram a identidade africana ao Brasil. A escola tem um papel fundamental nisso em trazer essa identidade, a política, a economia, a políticas dos povos africanos para a sala de aula”, explicou o docente.

 

Colaboração: Pedro Henrique da Silva Pereira

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