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Professora do IFRJ é destaque em Harvard

 A professora de Psicologia do IFRJ, Jaqueline Gomes de Jesus, Campus Belford Roxo, apresentou sua pesquisa sobre saúde mental de minorias sexuais e de gênero na Universidade Harvard (EUA), nos dias 6 e 7 de abril e foi premiada como pesquisadora destaque brasileira pela organização da Brazil Conference. O evento é organizado há dez anos pela comunidade brasileira de estudantes e pesquisadores em Harvard e no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Desde 2019 Jaqueline coordena no Brasil a pesquisa SMILE, uma iniciativa da Duke University (EUA) em parceria com a Fiocruz e o IFRJ, que trata da saúde mental e bem-estar de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexo e outras pessoas discriminadas em função da sua orientação sexual, identidade de gênero e/ou expressão de gênero (LGBTI+) em países de baixa e média renda, e objetiva alcançar 10.500 pessoas em nosso país, no Quênia e no Vietnã. A apresentação ocorreu no Harvard Science Center.

Jaqueline e drauzio varella
A professora Jaqueline prestigiada pelo Dr. Drauzio Varella

"Eu comecei minha fala explicando à plateia quem eu era, enquanto uma mulher trans negra de origem periférica que produz conhecimento científico de nível global desde a Baixada Fluminense, e destacando a relevância dessa posição em um espaço acadêmico relevante como o de Harvard” disse a professora, que, em seguida demonstrou porque é importante pesquisar saúde mental da população LGBTI+ (composta por pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexo e demais discriminadas em função do preconceito contra a sua orientação sexual, identidade de gênero e/ou expressão de gênero) em países do Sul Global, dado que as pesquisas atuais estão concentradas nos Estados Unidos e na Europa, o que, segundo ela, não permite compreender as especificidades culturais e sócio-econômicas em outras regiões. “A partir dessa introdução trouxe os dados em saúde mental LGBTI+, como os de que, ao buscarem serviços de saúde públicos, 16% das pessoas LGB relataram experiências negativas decorrentes de preconceito contra suas orientações sexuais; e 38% das pessoas trans tiveram uma experiência negativa por preconceito contra a sua identidade de gênero. 52% dos jovens LGBT já se auto-mutilaram, e 44% já pensaram em suicídio”, explicou.

Como propostas de intervenção, indiquei a necessidade de treinamento de primeiros socorros em saúde mental, com o objetivo de desenvolver uma rede de pessoas conselheiras populares treinadas para oferecer primeiros socorros em saúde mental e navegação em situações de crise; da criação de centros de atendimento em situações de crise, com aconselhamento, tratamento efetivo dos sintomas de desesperança e enfrentamento a comportamentos de risco, além de intervenções com foco nas famílias, para aumentar o apoio familiar e reduzir a vitimização; e realizar campanhas de alerta à comunidade LGBTI+ sobre a importância dos cuidados em saúde mental".

Saiba mais sobre a pesquisa SMILE Brasil no instagram https://www.instagram.com/pesquisasmile.brasil, ouça os episódios do Saúde Mental LGBTI+ em Dia: O Podcast da Pesquisa Smile, em https://open.spotify.com/show/4udeVg1zmSixksEw2zaWLn e participe da pesquisa, acessando o site https://brasil.smilestudy.org

 

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