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IFRJ participa de IV ENNEABI em Salvador-BA

Alunos e professores reunidos, em volta de uma bandeira do IFRJ, na frente do local do evento

O IFRJ, por meio da Coordenação-Geral de Diversidade e Pró-Reitoria de Extensão, levou uma Caravana de discentes e servidores para o “IV Encontro de Nacional de NEAB, NEABI e grupos correlatos da Rede Federal” (IV ENNEABI). O encontro ocorreu na cidade de Salvador, entre 26 e 28 de setembro, no prédio da reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e foi organizado pelo IFBaiano.

O objetivo do evento foi  reunir pesquisadores, educadores, estudantes e demais interessados na temática da educação para as relações étnico-raciais, para a troca de experiências, debate e vivência de momentos formativos e de popularização das ciências relacionadas à implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08 – que falam da obrigatoriedade de inclusão no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” –, oferecendo  subsídios didáticos, teóricos e práticos que contribuam para a sua efetivação.

A pró-reitora de Extensão do IFRJ, Cristiane Henriques de Oliveira, disse que apoiar a participação de representantes dos NEABIs dos campi do IFRJ foi uma ação fundamental para a pró-reitoria, como uma maneira de fortalecimento desses núcleos. “Ao participar desse congresso, eles puderam interagir com outras instituições e outros campi conhecendo o que é feito, apresentando seus trabalhos e discutindo novas metodologias. Com esse fortalecimento, buscamos que os NEABIs possam cada vez mais propor, fomentar e fortalecer ações de pesquisa, ensino e extensão e, para além disso, nosso objetivo é trocar com as instituições do entorno, promovendo a cultura afro-brasileira e indígena”, destacou.

Pessoas sentadas atrás de uma mesa, com um painel com logo do evento atrás delas.

Ao todo, foram submetidos 25 trabalhos de 11 campi do IFRJ. Foram apresentadas pesquisas, relatos de experiência, atividades artísticas e culturais. O IFRJ teve a segunda maior participação de todo o evento (13,8% dos trabalhos inscritos), que contou também com uma vasta programação, nove sessões temáticas e oito mesas redondas.

O ônibus, que levou 38 alunos e três docentes a Salvador, buscou o grupo em duas paradas: a primeira no campus Paracambi e a segunda no campus Rio de Janeiro. Alguns alunos, docentes e egressos foram para o evento por conta própria, totalizando 47 participantes do IFRJ. Os alunos receberam auxilio do ônibus custeado e bolsas para alimentação e alojamento custeadas pela Pró-Reitoria de Extensão.

“Essa ação foi muito importante, pois marca o início de uma articulação entre os NEABIs do IFRJ fortalecendo o ensino, pesquisa e extensão na busca pela valorização da cultura afro-brasileira e indígena, na luta contra o racismo e a valorização da diversidade. E, para além do sucesso na participação em um evento acadêmico, a visita a Salvador e a estadia no Pelourinho foram marcantes na vida desses alunos, que voltaram ainda mais engajados e propondo muitas ideias para o trabalho NEABIs de nossa instituição”, afirmou o coordenador-geral de Diversidades do IFRJ, Edy Lawson Silva Santos.

Aluna branca de maiô preto e aluna negra de maiô branco fazem performance de dança

Laís Xavier de Souza, estudante do 5º período do curso Técnico em Mecânica do campus Paracambi, disse ser difícil escolher o que mais lhe marcou durante o evento: “Mas ouso dizer que foi o ‘Quarto de despejo’. A força passada pelos alunos foi imensa, conseguiram me emocionar de uma forma que eu não esperava. O esforço feito para que essa viagem fosse realizada valeu a pena, pois foi um momento que nunca esquecerei, tenho toda certeza que será uma das coisas que mais me marcará durante todo o meu trajeto no IFRJ. O ENNEABI foi uma experiência maravilhosa, de onde consegui tirar proveito de novos saberes, novas amizades e novas ideias, para evoluir cada vez mais com o NEABI”, disse, completando ainda que chegou à conclusão de que, para ela, o NEABI significa família: “Acho que não existe palavra tão importante e tão bem colocada para defini-lo”.

“Eu, mulher negra, periférica, praticante de religião de matriz africana, vulnerável socialmente, militante contra o racismo e a intolerância religiosa e que, por essas características, sou alvo de tanto preconceito rotineiramente, me senti abraçada, pertencente, inclusa e fortalecida nesse encontro. Tanta coisa linda, tantos projetos, tanta sabedoria. Fiquei maravilhada com tudo que vi. Pude conhecer Salvador, que é uma cidade linda, berço do candomblé, das minhas raízes, dos meus ancestrais. Vi detalhes históricos que me remeteram ao passado e me fizeram entender ainda mais o quanto essa luta por reparação e igualdade é importante. Só tenho a agradecer”, emocionou-se Luana de Almeida Ribeiro, aluna do curso Técnico em Administração do campus São João de Meriti.

O evento – que tem ganhado força e se solidificado enquanto encontro da rede – contou com a participação de cerca de 40 instituições e foi encerrado com uma plenária que, dentre outras deliberações, escreveu uma carta para os dirigentes de toda a Rede Federal com pedidos de apoio, recursos e incentivo. O próximo ENNEABI será organizado pelo Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e acontecerá na capital do estado, Maceió.

Aluno negro, com vestes brancas, colares guias de contas e turbante colorido posa para a foto sorrindo e de braços abertos

 

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