Alunos visitam região da Pequena África, na região portuária do Rio

Cerca de 15 alunos do campus Belford Roxo visitaram a região conhecida como Pequena África, na região portuária do Rio, no último dia 25. O lugar preserva a história da ocupação geográfica e do legado cultural de negros e negras no Rio de Janeiro desde pelo menos o século XVIII.

A primeira parada do grupo – formado por estudantes dos cursos FIC de Tingimento e Estamparia, Empreendedorismo e Gestão de Negócios, e Fotografia e Vídeo para Mídias Digitais – foi o Jardim Suspenso do Valongo, construção situada no Morro da Conceição, local que marca o movimento de ocupação inicial do Rio de Janeiro, ainda no século XVI. Depois, a turma passou pela Casa da Tia Ciata, celeiro de sambistas no começo do século XX. Lá, foram recebidos por Gracy Moreira, bisneta de Tia Ciata.

O grupo visitou ainda o sítio arqueológico do Cais do Valongo para aprender e discutir mais sobre o passado histórico e cultural da cidade, que salta aos olhos por estar “à flor da terra” - termo que o historiador Júlio César Medeiros da Silva Pereira cunhou para pensar a temática da morte e do sepultamento dos escravos recém-chegados da África no Cemitério Pretos Novos, última parada da visita. No Instituto Pretos Novos, os estudantes assistiram a um documentário que conta a história da descoberta do cemitério feita por Mercedes Guimarães e seu marido, há mais de 20 anos, quando eles reformavam a casa onde moravam.

De acordo com a responsável pela visita, a professora Marcela Tavares, o passeio contribui para a formação cultural dos alunos e amplia a discussão sobre suas identidades.

“Coincidentemente, no dia 25 de maio é comemorado o Dia da África ou Dia de Libertação da África. Visitar a Pequena África neste dia foi uma grande emoção, tendo em vista que a maioria dos alunos do campus Belford Roxo são de descendência africanas”, afirmou. “Esse passeio se configura, portanto, como algo fundamental na formação dos estudantes, mas também na de todo e qualquer brasileiro." A visita contou também com a presença do professor e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do campus, Estevão Leite.

Com informações do campus Belford Roxo.